Em primeiro lugar, Fotografias americanas (1938) e Let us now praise famous men (1940), de Walker Evans (3 de novembro de 1903 – 10 de abril de 1975), são anteriores a Os americanos (1959), de Robert Frank, livro considerado o primeiro grande retrato dos EUA.
É ponto pacífico que Frank encontrou, em Evans, um guia para fotografar o país e mais: um vocabulário simples e direto, uma reação à fotografia artística e sofisticada que imperava, na época. De um Alfred Stieglitz, por exemplo.
Em comparação, a abordagem dos dois livros é a mesma. O que não diminuiu em nada Os americanos.
Nelson Brissac Peixoto, no livro América (Companhia das Letras, 1989), escreve:
“Com Evans a fotografia americana alcançou, pela melancolia, a maturidade. Estes retratos introduziram a experiência da decadência e da perda – a consciência da história – num imaginário imune a passagem do tempo. Através delas os americanos constituem o seu passado”.
Cassiano Viana (@vianacassiano) é editor do site About Light
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