Em 1971, inspirado em Edgar Allan Poe, Julio Cortázar, Borges, García Marquez e Bioy Casares, Boris Kossoy lançou Viagem pelo fantástico, um livro de contos sem palavras – à exceção dos títulos (maravilhosos, por sinal: Portrait do Sr. Americo, A clínica, O maestro, Surpresa na estrada, Viaduto, dentre outros) –, uma série de dez imagens de caráter ficcional, construídas em uma atmosfera de mistério e realismo mágico, a correspondência entre o sobrenatural e a realidade.
O livro por um lado foi recebido com estranheza, por parte do público acostumado com a fotografia documental. Por outro lado, foi acolhido com entusiasmo por Pietro Maria Bardi, criador e então diretor do Masp, Museu de Arte de São Paulo, que inclusive assina o prefácio da publicação.
“Basta de palavras para que o leitor entenda e não confunda uma sinalização esquelética de caminhos”, escreve museólogo, crítico, historiador da arte e colecionador italiano.
Cassiano Viana (@vianacassiano) é editor do site About Light
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