Germaine Krull: fotografia e ativismo político no século XX

Nascida em 1897, na Prússia do Leste, atual Polônia, Germaine Krull (1897-1985) teve uma infância nômade, por conta doa afazeres do pai, um engenheiro que levou a família a morar na Bósnia, em Paris, Eslovênia e na Bavaria, posteriormente se estabelecendo em Munique, em 1912.

Por seu ativismo político – Germaine foi ligada ao político e pensador alemão Kurt Eisner –, aos 22 anos foi banida de Munique, presa e banida da Russia, viveu em Berlim até chegar na França, em 1926, onde consolidou sua carreira de fotógrafa e publicou, em 1928, Métal, considerado por especialistas um dos principais livros de fotografia de todos os tempos.

Durante a Segunda Guerra, Germaine, claro, fez parte da Resistência francesa e da França Livre, o governo do exílio liderado por De Gaulle.

Com o fim da guerra, viajou pelo mundo, chegando a viver algum tempo no Brasil e a fotografar Ouro Preto (as fotografias foram publicadas em 1943, no livro Ouro Preto: uma cidade antiga do Brasil.

É uma das fotógrafas citadas por Walter Benjamin em a Pequena História da Fotografia. Man Ray, que raríssimas vezes elogiava o trabalho de alguém, dizia que ela era uma das grandes fotógrafas do nosso tempo:

” Germaine, you and I are the greatest photographers of our time, I in the old sense you in the modern one “.
Man Ray

Germaine Krull - Self-portrait, Paris 1927

Cassiano Viana (@vianacassiano) é editor do site About Light

Veja galeria de fotos de Germaine Krull aqui

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s